Um dos meus “sonhos” como pequeno colecionador de bicicletas
antigas, seria um dia conseguir uma bicicleta interessante e absolutamente NOS
(new old stock), ou seja, para quem não sabe, completamente nova por nunca ter
sido vendida ou usada e ter ficado encostada a ganhar pó numa qualquer loja ou
armazém deste país. Difícil de acontecer? Sim, mas, volta e meia, ouvem-se
rumores de achados desse género. A questão é que, na maior parte das vezes,
quem sabe da existência deste tipo de artigos recusa-se a partilhar a
informação ou só partilha com determinados amigos. Eu percebo porquê, a sério
que percebo! A única coisa que me chateia neste assunto é que algumas dessas
pessoas dizem que partilham a informação a quem perguntar, mas, a resposta
nunca saí. Ou não respondem ou inventam desculpas estapafúrdias.
Este tipo de artigos (NOS) são cada vez mais raros. O boom
dos colecionadores de bicicletas antigas levou a uma brutal procura dos mesmos e
que está gradualmente a levar ao seu esgotamento. Existe muita gente neste país
que se dedica nos tempos livres a percorrer regiões em busca de tudo
relacionado com bicicletas antigas quer seja para as suas coleções privadas ou
para puro comércio. Tudo bem, volto a dizer, é a lei da oferta e da
procura. Como não tenho tempo para este
tipo de pesquisa, nunca espero conseguir grande coisa e o que vou conseguindo
ou é pago a peso de ouro (quase) ou, se é por uma ninharia, é porque precisa de
um bom investimento para voltar a ter bom aspeto.
Esta bicicleta Esmaltina Racing que vos trago, é uma NOS.
Não diria que foi “achada” porque nunca esteve perdida , mas, ficou por vender
e esteve pendurada numa loja no Alentejo durante mais de 20 anos, até eu entrar
lá dentro. Admitindo que seja de algures dos anos 80 (parece ter todas as
características), são certamente mais de 22 anos, falta-me um maldito catálogo
da Esmaltina para poder comprovar a provável época de fabrico.
É uma roda 24, tamanho indicado para um adolescente, com 10
velocidades (creio!) e com o “equipamento” usual nacional da época; pneus Viking, pedaleira Ciclo-Fapril,
desviador FMaial, manetes Lusito, aros em alumínio, entre outros. Pode não ter
grande “ equipamento” mas é de durabilidade comprovada.
Por ter estado sempre embrulhada em plástico, tal como deverá
ter saído da fábrica, o quadro não tem qualquer marca do tempo, está como novo,
assim como os aros de alumínio e os pneus que não estão secos e gretados (o que
seria de esperar). Os pedais completamente novos estavam embalados e pendurados
no guiador e os únicos pontos de corrosão existentes estão localizados nas
peças expostas como a pedaleira, avanço e eixos. Tudo corrosão ligeira e que se
resolve com lã de aço. O desviador, apesar de exposto e sem corrosão, falta-lhe
uma tampa.
Na loja onde adquiri esta Esmaltina, ao lado desta estavam
também penduradas algumas BMX, umas melhores que outras mas uma delas ainda
embrulhada em papel (o que é sempre interessante) ainda que com falta de
algumas peças. Outra muito interessante que lá estava era uma de ciclismo
Órbita também aparentemente roda 24 com aros em aço mas por não estar embalada
possuía mais marcas do tempo. Ainda assim, seria uma excelente aquisição não fosse
eu já estar de olho nesta e as duas serem demasiado para a minha carteira.
A Titulo de curiosidade, em conversa com o proprietário,
este disse-me que em tempos alguem foi lá buscar duas Choppers tipo as
Esmaltinas Fúria, Órbita Crosse ou Vilar Catita que também tinham ficado por
vender. Este sim, era um achado que me encheria as medidas!
Pedaleira nacional da Ciclo-Fapril.
Desviador nacional FMaial.
O unico equipamento que poderá suscitar algumas duvidas se será original. É um selim nacional da Selcentro.
A zona mais grave de corrosão, ainda assim fácil de resolver sem recorrer a tratamentos complicados e dispendisosos.
No avanço, surgiu alguma corrosão no unico sitio que estava exposto.
Pneus de fabrico nacional VIKING.
Nos próximos tempos vou tentar limpar onde
exista corrosão e vou deixá-la assim tal como está embrulhada no plástico. Como
não tenho ninguém na família com tamanho suficiente para andar nela, fica
assim. Um dia que surga alguem interessado em andar nela, tiro-lhe o plástico.
Viva.
ResponderEliminarE estaria interessado em vendê-la? ou é para ficar consigo?
abraço
GPais
Viva,
ResponderEliminarPara já é para ficar assim como está...na garagem.
Abraço
Boa tarde eu tenho 19 anos e desde os meus 17 que ando numa esmaltina racing igualzinha á sua, as únicas diferenças são o facto de eu ter 14 mudanças e rodas mais recentes pois as velhas estavam num estado demasiado perigoso.
ResponderEliminarCom isto tudo godtaria de saber se a minha esmaltina é mais velha ou mais nova do que esta aqui no artigo porque embora elas sejam iguais, na parte onde a sua é vermelha, a minha é verde, será que a minha esmaltina já tem mais de 35 anos ??